sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Desembargador contra Lei Anti-Fumo

Mesmo que diariamente sejam feitas campanhas para que o tabagismo seja evitado, algumas pessoas defendem o hábito de fumar e julgam ser um exagero o controle excessivo sobre o vício. O desembargador aposentado Sérgio Pereira acredita que este não é o pior dos riscos oferecidos à saúde. Ao falar para o ContraPonto ele diz que em seus artigos sempre ressaltou sua indignação com a proibição excessiva do tabaco em locais fechados: “Não estou negando que o fumo possa provocar problemas de saúde, na verdade, estamos cercados por coisas que prejudicam a saúde. Nem por isto vamos nos transformar em hipocondríacos, isolando-nos do mundo. Trata-se de deixar as pessoas assumirem seus riscos.” – adverte Pereira.

Em contrapartida, Sérgio Pereira invoca os exemplos de atividades que podem ser tao prejudiciais a integridade física como o fumo e não hesita na defesa de sua causa:
Recentemente quiseram proibir as armas de fogo, como se não houvesse infindáveis maneiras de matar sem utilizá-las; o povo reagiu e a ideia não passou. O fumo mata, o álcool mata, os automóveis matam, a poluição industrial mata, a alimentação não vegetariana adoece e mata, torres de transmissão de sinais para celulares também. A noite provoca mortes em quantidade, o que não se pode sequer por em discussão, ou os defensores das leis contra o cigarro sao a favor do toque de recolher? - argumenta Pereira.

Por outro lado o tabagismo passivo é o resultado do não cumprimento dessas leis. Conversamos com a doutora Nicolle Henn, ela afirma que a inalação da fumaça por indivíduos não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados é a 3ª maior causa de morte evitável. Segundo o site do INCA cerca de 18,8% da população brasileira fuma; em níveis mundiais, 1,3 bilhão de adultos tem o hábito tabágico.
Notoriamente quadros de ansiedade são a principal origem da dependência:A pessoa fuma porque busca os efeitos ansiolíticos, euforizantes e de aumento da concentração (reforço positivo) ou para evitar/atenuar os efeitos da abstinência (reforço negativo), sendo que o mesmo fumante pode apresentar as duas formas. - explica a doutora Nicole Heen.

Ainda comentando sobre o veto do fumo em determinados ambientes, Sérgio Pereira prefere o aumento dos impostos sobre o produto ao invés do aumento da fiscalizacão. Em resposta a Pereira, a médica Nicole foi realista:
“Mais de quatro mil substâncias tóxicas compõem a fumaça do cigarro, sendo que muitas delas têm potencial cancerígeno. Trata-se de um fator de risco para dezenas de pessoas.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário