sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O drama de largar o vício

O post de hoje tenta relatar a dificuldade que todo o fumante enfrenta ao encarar a dificuldade de largar o hábito de fumar. Um de nossos entrevistados conta que foi fumante por um longo tempo, até perceber que precisava internar-se em uma clínica especializada. Também conversamos com a psicóloga Kamila Schessel, que nos falou a respeito da influência da propaganda do tabaco e do porque dos jovens começarem a fumar tão cedo, mesmo tendo consciência dos malefícios do cigarro.

Esse é o caso do ex-fumante Anselmo Tito, 48 anos, que começou a fumar aos 12 anos de idade Ainda morava em São Paulo, comecei pra não ficar fora do grupoe só conseguiu parar depois de muita luta e superação. Normalmente as pessoas só decidem combater o vicio após terem algum problema sério de saúde - decorrente do cigarro - e após o susto, que muitas vezes é fatal, decidem encarar o problema da maneira que ele é: uma doença grave.

Há dois anos estava no trabalho e tive um mau súbito, fui levado para a Santa Casa, meu lado direito do corpo estava todo paralisado, depois de uma semana e vários exames, o médico chegou para mim e falou claramente: Ou tu larga, ou tu baila”. Após sofrer o derrame e por sorte recuperar os movimentos passou a tentar parar “Decidi parar, planejei tudo antecipadamente, na sexta feira me despedi e tomei um café, na minha cabeça tinha parado definitivamente. Segunda de madrugada ja estava fumando de novo. Alguma atitude definitiva precisava ser tomada e com o apoio da família a única solução era a internação.

A clínica de reabilitação para dependentes químicos Santo Antônio, localizada em Lajeado, foi a resposta “Tentei dois locais, mas foi na Santo Antônio que consegui me livrar do álcool e do cigarro. Fiquei 8 meses sem sair nenhuma vez, recebendo visita somente em datas festivas.
No final desse ano Anselmo completa 1 ano sem fumar ou beber.

Muitas pessoas, assim como Tito, começaram a fumar na adolescência. Segundo a psicóloga Kamila Schessel, a dependência dos jovens surge em pequenos grupos nos quais a ideia do tabaco está associada a sofisticação e charme. A nicotina produz pequenos estímulos ao sistema nervoso central e em questão de poucas semanas a necessidade de fumar diariamente surge - alerta Kamila. No Brasil, a veiculação da propaganda de cigarros foi proíbida em rádio e televisão, porém as demais formas de anúncio ainda se fazem presentes. A imagem de desafio e grandiosidade criada nas propagandas faz com que a sensação de poder e curiosidade crescam.- conclui a psicóloga.

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